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Sunday, January 08, 2012




Parte 2 – Podemos Saber o que os Manuscritos Originais dos Evangelhos diziam?

Quando nós abrimos uma Bíblia e procuramos pelos evangelhos, nós os encontramos traduzidos para o português, ordenadamente ajuntados no início do Novo Testamento, completos com nome do livro, número dos capítulos e versículos, pontuação, parágrafos e hoje em dia, normalmente com título nos capítulos e notas de referência. Nada disso estava presente nos manuscritos originais dos escritos que conhecemos como Mateus, Marcos, Lucas e João (sim, mesmo a pontuação não estava presente nos documentos originais). O que encontramos em nossas Bíblias é o resultado do processo de preservação, tradução e publicação. Faz sentido perguntarmos se o que lemos carrega qualquer semelhança com o que os autores dos evangelhos redigiram quase 2000 anos atrás. Podemos saber o que os manuscritos originais dos evangelhos diziam?

Não é incomum atualmente para algumas pessoas responderem “não” para essa pergunta, apesar de quase inevitavelmente, esses céticos não terem a menor ideia do que estão falando. Os críticos do cristianismo muita vezes alegam que os evangelhos como os conhecemos carregam pouca semelhança com os originais. Esse criticismo aparece nos lábios de Sir Leigh Teabing, um historiador fictício em O Código Da Vinci, de Dan Brown. Teabing "revela" a verdade sobre Jesus e o cristianismo primitivo para Sophie, uma ingênua e disposta aprendiz no romance e seu “aprendizado” também reflete o aprendizado dos leitores. Dessa forma tipicamente condescendente, Teabing começa a iluminar Sophie sobre a verdadeira natureza da seguinte forma:

"A Bíblia é um produto do homem, minha querida. Não de Deus. A Bíblia não caiu magicamente das nuvens. Os homens criaram registros históricos de tempos agitados e ela evoluiu através de inúmeras traduções, adições e revisões. A história nunca teve uma versão definitiva do livro." (p. 231)

É claro que existe uma medida de verdade aqui e isso é normalmente o caso com as revelações de Teabing, mas apenas até certo ponto. A Bíblia é realmente um produto humano, mas isso não implica de forma alguma que também não seja “de Deus”. E ela não caiu das nuvens. Mas, ao contrário do que diz Teabing, a Bíblia não “evoluiu através de várias traduções, adições e revisões. Ela foi na verdade traduzida para mais de 2000 idiomas – muito mais do que qualquer outro livro – e tem sido lançada com uma miríade de adições. Mas essas traduções e adições são todas baseadas nos mesmos documentos básicos antigos, como eu vou mostrar em seguida. A parte “evoluiu através de inúmeras traduções” é ficção.

Os evangelhos originais foram escrito em algum momento na segunda metade do primeiro século d.C. (Eu vou falar mais sobre as datações dos evangelhos mais tarde nessa série) Muito provavelmente foram escritos em rolos ou papiro (um material áspero parecido com papel). Mas é altamente improvável que qualquer um desses originais (conhecidos pelo termo técnico “autógrafos”) ainda existam hoje. Eles provavelmente foram gastos pelo uso, perdidos, destruídos, reusados ou mesmo comido por animais.

Ainda assim os antigos tinham uma maneira de preservar a informação contida nesses rolos: cópias. Escribas treinados copiavam as palavras de um documento para um novo documento. O treinamento que recebia os ensinava a minimizar os erros e maximizar precisão. Ainda assim, esse não era um trabalho servil, porque havia momentos em que os escribas faziam alterações em suas cópias (por exemplo, quando eles acreditavam que suas fontes continham um erro). Mesmo os melhores escribas, no entanto, cometiam erros não intencionais.

Portanto, o fato que os manuscritos dos evangelhos não sobreviveram até os dias de hoje, combinado com o fato que por séculos o texto foi transmitido através de um processo de cópias, pode levar uma pessoa a questionar se podemos confiar que o texto em grego dos evangelhos que temos hoje se parecem de alguma forma com aquilo que os autores originalmente escreveram.

A resposta para essa pergunta é um entusiástico “sim”. Apesar de não podermos ter completa e absoluta certeza que cada palavra nos manuscritos gregos que temos reproduzem com precisão o que foi originalmente escrito, podemos ter confiança que estamos muito perto disso na maioria dos casos. Deixe-me explicar.

Primeiro, temos bem mais do que 2000 manuscritos gregos dos evangelhos (e outras traduções antigas como latim). Comparado com outros escritos antigos, isso é uma verdadeira riqueza de material. Os estudiosos dos clássicos são muitas vezes forçados a confiar em um punhado de manuscritos de textos antigos, enquanto os estudiosos dos Novo Testamento são sobrecarregados com material primário.

Esse é o p52, o mais antigo fragmento do Novo Testamento. (O 'p' é para papiro, o material do fragmento.) Ele foi datado cerca de 125 d.C. O texto é do Evangelho de João, que foi escrito por volta de 90 d.C. Então o espaço entre o original e essa cópia é de 30-50 anos. No texto lê-se (traduzido, as letras em negrito representam o que está no p52): Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma. (Para que se cumprisse a palavra que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer). Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus? (João 18:31-33).

Segundo, muito dos manuscritos dos evangelhos são bem antigos e portanto confiáveis. Temos alguns fragmentos de papiros e documentos dos evangelhos que datam do segundo século d.C., com mais do terceiro século. Manuscritos inteiros dos evangelhos e do resto do Novo Testamento podem ser datados do quarto e quinto séculos. Bem, isso pode parecer como um espaço significativo de tempo entre a escrita dos evangelhos e os manuscritos que temos, mas em comparação com outros escritos gregos antigos, os documentos do Novo Testamento estão em um nível totalmente diferente. Por exemplo, os manuscritos mais antigos que temos de Heródoto (século 5 a.C. Historiador grego), Platão (século 4 a.C. Filósofo grego) e Josefo (século 1 d.C. Historiador judeu) são no mínimo mil anos mais recentes que os escritos originais.

Terceiro, apesar do processo de copiar documentos antigos não ser infalível, como eu expliquei acima, ele era na verdade bastante confiável. Mais ainda, como os acadêmicos contemporâneos entendem esse processo e como temos muitos textos do Novo Testamento, os estudiosos são capazes de identificar erros dos escribas e mudanças com um grande nível de probabilidade.

Quarto, a disciplina da crítica textual – pela qual os especialistas procuram identificar a forma mais antiga do texto – é a mais objetiva das disciplinas do Novo Testamento e portanto oferece os resultados mais corretos. Apesar de alguns acadêmicos da crítica textual discordarem sobre algumas passagens, a quantidade de concordância entre os diversos críticos é excepcional, diferente do que se encontra em outras disciplinas do Novo Testamento, como exegese, por exemplo. Isso não necessariamente significa que sempre chegamos aos autógrafos originais, mas significa que podemos ter uma nível altíssimo de confiança nas descobertas da crítica textual.

Este é p66, que é chamado de Papiro Bodmer. Ele data de cerca de 200 d.C. O texto é João 1:1-13, mais a primeira palavra do versículo 14. Como você pode ver, existem muitas outras páginas neste papiro.

Quinto, apesar de existirem alguns versículos nos evangelhos (menos de 3%) nos quais algumas palavras podem ainda serem incertas, a grande maioria dos versículos nos nosso textos críticos refletem os escritos originais ou algo muito próximo disso. Ademais, as palavras questionadas são quase sempre triviais. A única exceção que eu me lembro é o final do evangelho de Marcos, que não temos certeza sobre a originalidade de tudo depois de Marcos 16:8. A maioria das traduções coloca os versículos posteriores entre colchetes. Essa passagem é aquela na qual Jesus promete que seus discípulos falarão em línguas e serão imunes à cobras peçonhentas ou venenos mortais. Um bom número dos Cristãos Apalachianos literalmente arriscam suas vidas em uma passagem que talvez não seja parte do evangelho de Marcos original. Se você não for do tipo que gosta de lidar com cobras no entanto, você não precisa se preocupar com a autenticidade dessa passagem.

Tudo isso quer dizer que quando você lê os evangelhos do Novo Testamento, está quase que certamente recebendo as palavras do autor original (na tradução, claro, a não ser que você leia grego). Podemos saber o que os manuscritos originais dos evangelhos realmente diziam? Sim, com um nível muito alto de confiança. Isso não garante a veracidade por parte dos autores do evangelhos, é claro. Eu vou começar a abordar esse tópico no meu próximo texto.

Parte 3 – Quando os Evangelhos do Novo Testamento Foram Escritos? (em breve)

Copyright © 2005 by Mark D. Roberts

Posted on Sunday, January 08, 2012 by Maurilo e Vivian

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Sunday, January 01, 2012



Parte 1 Os Evangelhos do Novo Testamento São Confiáveis? 

Na minha série Unmasking the Jesus Seminar (Desmascarando o Seminário de Jesus, em inglês), eu mostrei que o Jesus Seminar, basicamente um ajuntamento de estudiosos do Novo Testamento, parecia ser uma tentativa objetiva para determinar o que Jesus realmente disse (e fez). Mas, de fato, era parte da visão geral de seu fundador, Robert Trunk, para diminuir o cristianismo ortodoxo e especialmente seu entendimento e fé em Jesus.  O ajuntamento de Professores do Seminar, combinado com a metodologia que eles seguem em seus trabalhos, predeterminaram os resultados do Seminar. Começando com um extremo ceticismo em relação à confiabilidade dos evangelhos como fontes históricas sobre Jesus, o Jesus Seminar concluiu – surpreendentemente! - que os evangelhos nos dizem relativamente pouco sobre o Jesus histórico. Eu não quero afirmar que cada um dos eruditos do Jesus Seminar era um erudito ruim (alguns eram muito bons), ou que qualquer coisa que o Seminário produziu era lixo. Mas no todo, o impulso principal do trabalho do Seminar foi tanto academicamente suspeito quanto prejudicial para a ortodoxia cristã.



Na maior parte, o Jesus Seminar é notícia velha nos dias de hoje. Eles não estão mais nas manchetes porque acabaram-se os dizeres e atos de Jesus para se refutar. Uma vez que mostraram que Jesus não disse tanto quanto foi atribuído a ele nos evangelhos e que ele não fez tanto quando foi atribuído a ele nos evangelhos, não sobrou muito para o pessoal do Seminar dizer ou fazer.

Mesmo assim, me pareceu bem abordar o Jesus Seminar de uma forma crítica. Eu escrevi a série Unmasking parcialmente porque alguns dos professores do Jesus Seminar, como John Shelby Spong ou Marcus Borg, continuam a transmitir os pecados dos pais para os filhos através de seus escritos. Mais ainda, muitas pessoas que nunca leram um único trabalho publicado pelo Jesus Seminar ainda vivem sob sua sombra agourenta. Eu conheço alguns cristãos que tiveram uma sensação incomoda que em algum passado recente um grupo de estudiosos sérios se reuniram eu descobriram que Jesus não disse muito do que parece ter sido registrado nos evangelhos. Eu eu conheço não cristãos que leram as notícias nos jornais sobre o Jesus Seminar e, até hoje, não tiveram nenhuma razão para duvidar do que era anunciado tão entusiasticamente sobre a inconfiabilidade histórica dos evangelhos. Eu tenho sugerido várias razões para duvidar dos resultados do Jesus Seminar, para que as pessoas não sejam  perseguidas ou inspiradas por estes fantasmas.

Ainda assim, o fim do Jesus Seminar não colocou um fim na especulação imaginativa sobre Jesus e os evangelhos. A versão mais recente de tal coisa vem do livro bestseller de Dan Brown e em breve convertido em livro, O Código Da Vinci. Para seu crédito, Brown não afirma que ele escreveu uma não ficção. Seu livro, no final das contas, é um romance. Ainda assim, dentro da arquitetação do romance existe muito do que é apresentado como se fossem fatos de informações historicamente corretas sobre Jesus e o cristianismo antigo. E tem também a afirmação aterrorizante na primeira página do livro: “todas as descrições sobre arte, arquitetura, documentes e rituais secretos neste romance são corretos”. Já que O Código Da Vinci tem muito a falar sobre os antigos documentos cristãos, parece que Dan Brown está dizendo que tudo o que ele fala sobre esses documentos é realmente verdade.

De fato, muitos leitores, tanto cristãos quanto não cristãos acreditam que as histórias ficcionais sobre o cristianismo antigo como apresentado em O Código Da Vinci sejam fatos. Quando os personagens dizem coisas como “todos os acadêmicos sabem disso...,” muitos leitores tomam essa afirmação como fato, ao invés de uma afirmação ficcional do romance. O resultado é que muitas pessoas hoje acreditam que os evangelhos bíblicos, Mateus, Marcos, Lucas e João não são fontes confiáveis de informação sobre Jesus e que os evangelhos não canônicos, como o evangelho de Maria ou o evangelho de Filipe nos mostram uma verdade mais integral sobre Jesus

Na minha série Was Jesus Married? A Careful Look at the Real Evidence (Jesus foi Casado? Uma Análise Cuidadosa das Evidências, em inglês), eu examinei a parte final dessa crença. Eu mostrei que os evangelhos não canônicos, somados ao fato de não serem uma fonte confiável de informações sobre Jesus, na verdade não apresentam nada em apoio à ficção que Jesus foi casado como é mostrado em O Código Da Vinci. Mas esse livrou deixou uma impressão prolongada, mais parecida com o eco distante do Jesus Seminar, que os evangelhos do Novo Testamento não são confiáveis.

Portanto, enquanto eu finalizo minha série Unmasking the Jesus Seminar, eu gostaria de iniciar uma nova mas relacionada série, que eu estou intitulando Os Evangelhos do Novo Testamento São Confiáveis? Nos vários artigos dessa série, eu quero explicar porque Mateus, Marcos, Lucas e João são confiáveis.

Eu estou pensando em confiabilidade em duas formas diferentes. De um lado, eu quero mostrar que os evangelhos bíblicos são fontes confiáveis de informação histórica sobre Jesus. Apesar de suas várias limitações, estes documentos podem nos ajudar a conhecer bastante coisa sobre o que Jesus disse e fez. Por outro lado, eu também quero mostrar que os evangelhos do Novo Testamento são confiáveis como base para a fé em Jesus. Cristão que tomam estes documentos seriamente estão, na minha opinião, agindo racionalmente e eu explico o porque. (Sim, eu tenho um viés no assunto. Mas eu acredito que posso defender meu viés com argumentos racionais e amplas evidências.)

Minha nova série, portanto, começa de onde a série Unmasking termina. Eu espero ter mostrado que o Jesus Seminar deveria ser rejeitado pelas pessoas que querem conhecer os fatos sobre Jesus. Eu espero mostrar um caminho melhor para se determinar quem Jesus era, o que Ele disse e o que Ele fez. Portanto, esta nova séries é a versão positiva da série Unmasking.

Antes de terminar essa postagem, eu quero mencionar cinco pontos adicionais.

Primeiro, essa nova série será uma elaboração de uma outra série que eu fiz chamada How Can We Know Anything About the Real Jesus? (Como Podemos Saber Coisa Sobre o Jesus Real? em inglês) Eu não vou repetir tudo o que estava naquela série, especialmente o material sobre as fontes de informação não bíblicas sobre Jesus. Mas eu vou usar os pontos finais dessa série e desenvolvê-los ainda mais nessa série.

Segundo, como eu afirmei no início de How Can We Know Anything About the Real Jesus?, eu estou bem ciente que o tópico que eu estou planejando discutir é vasto, complexo e cheio de controvérsias. Se você não está familiarizado com o meu currículo, eu devo mencionar que completei um Ph.D. em Novo Testamento em Harvard, onde eu estudei com alguns dos melhores eruditos críticos do mundo e onde tive muitos colegas brilhantes, dos quais pelos menos sete deles terminaram como professores do Jesus Seminar. Então eu estou bem familiarizado com algumas das questões críticas associadas com os evangelhos e a questão do Jesus histórico. Mais ainda, quando eu escrevi meu livro, Jesus Reaveled (Jesus Revelado), eu li muito dos novos trabalhos acadêmicos sobre Jesus, incluindo coisas publicadas pelos professores do Jesus Seminar. Portanto, mesmo eu não sendo um acadêmico de tempo integral, eu estou bem atualizado nas conversas acadêmicas sobre Jesus.

Terceiro, essa nova série é primariamente destinada para os meus leitores no blog – um grupo com certo estudo basicamente composto de não especialistas. Em outras palavras, eu não estou escrevendo para eruditos do Novo Testamento. Isso significa que eu não fazer notas de rodapé para os meus comentários como faria se fosse produzir um texto acadêmico. E eu vou me sentir livre para fazer generalizações sem dar suporte para tudo o que disser com milhares de evidências.

Quarto, se você for do tipo que gosta desse tipo de anotações, você deveria dar uma olhada na postagem precedente na série Unmasking ("What Do Scholars Really Think About Jesus?" O Que os Eruditos Realmente Pensam Sobre Jesus, em inglês). Nessa postagem eu faço referências a muita literatura erudita sobre Jesus e os evangelhos. Talvez o livro mais diretamente relevante para essa nova série seja The Historical Reliability of the Gospels (A Confiabilidade Histórica dos Evangelhos), de Craig Blomberg. Blomberg é um erudito evangélico de primeira linha que defende a confiabilidade dos evangelhos bíblicos em 250 páginas exigentes mas legíveis

Quinto, nessa nova série eu espero mostrar porque é razoável considerar os evangelhos do Novo Testamento como confiáveis, tanto para pesquisa histórica quanto para fé pessoal. Eu não posso provar que os evangelhos são precisos, contudo, porque esse tipo de prova não pode ser dada para investigações históricas. Nem eu posso resolver todos os problemas que se conectam à questões de confiabilidade dos evangelhos. Em muitos desses, para ser bem honesto, eu também continuo trabalhando nas minhas incursões acadêmicas. Mas eu acredito que uma pessoa racional, olhando para os fatos com uma mente aberta, irá concluir que a imagem que o Novo Testamento faz de Jesus, enquanto não fotográficas, são suficientemente realísticas para merecerem confiança tanto acadêmica quanto espiritual.

Copyright © 2005 by Mark D. Roberts

Parte 2 – Podemos Saber o que os Manuscritos Originais dos Evangelhos diziam?

Posted on Sunday, January 01, 2012 by Maurilo e Vivian

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Manuscrito P52, considerado o mais antigo, de cerca 125 d.C.
Evangelho de João 18:31-33


Um das ideias mais comumente e primeiramente atacadas quando se fala em cristianismo é a questão da confiabilidade das Escrituras, especialmente dos relatos encontrados nos Evangelhos. Podemos confiar nesses textos? Eles são frutos de testemunhas oculares ou foram escritos centenas de anos depois do suposto acontecimento dos fatos? História ou ficção? Essas são perguntas importantes que a igreja precisa estar preparada para responder.
É por isso que ao longo desse ano de 2012, vamos postar 30 artigos escritos pelo Reverendo Dr. Mark D. Roberts, que graciosamente nos autorizou a traduzir o seu material para o português. Semanalmente, vamos postar cada um dos textos que poderão se tornar um e-book ao final desse período, que servirá como uma ferramente importante na defesa da confiabilidade dos Evangelhos.
A cada nova postagem, o link será atualizado nessa página, que servirá como capa para os artigos.
Esperamos que esses textos sejam benção na sua vida, assim como foram nas nossas e sejam como um presente de Ano Novo para todos aqueles que desejam sinceramente saber se os Evangelhos são confiáveis ou não.

Os Evangelhos do Novo Testamento São Confiáveis?

Por Rev. Dr. Mark D. Roberts

Parte 1 – Os Evangelhos do Novo Testamento São Confiáveis?
Parte 2 – Podemos Saber o que os Manuscritos Originais dos Evangelhos diziam?
Parte 3 – Quando os Evangelhos do Novo Testamento Foram Escritos?
Parte 4 – Que Fontes os Autores dos Evangelhos Usaram? Secção A: Fontes Escritas
Parte 5 – Que Fontes os Autores dos Evangelhos Usaram? Secção B: Fontes Orais
Parte 6 – Os Autores dos Evangelhos Conheceram Jesus Pessoalmente? Secção A
Parte 7 – Os Autores dos Evangelhos Conheceram Jesus Pessoalmente? Secção B
Parte 8 – Os Autores dos Evangelhos Conheceram Jesus Pessoalmente? Secção C
Parte 9 – O que São os Evangelhos? História? Ficção? Biografia? Ou . . . ?
Parte 10 – Que Diferença Faz que Existam Quatro Evangelhos? Secção A
Parte 11 – Que Diferença Faz que Existam Quatro Evangelhos? Secção B
Parte 12 – Existem Contradições nos Evangelhos? Secção A
Parte 13 – Existem Contradições nos Evangelhos? Secção B
Parte 14 – Existem Contradições nos Evangelhos? Secção C
Parte 15 – Existem Contradições nos Evangelhos? Secção D
Parte 16 – Se os Evangelhos são Teológicos, Podem Ser Históricos? Secção A
Parte 17 – Se os Evangelhos são Teológicos, Podem Ser Históricos? Secção B
Parte 18 – Se os Evangelhos são Teológicos, Podem Ser Históricos? Secção C
Parte 19 – Os Relatos de Milagres Denigrem a Confiabilidade dos Evangelhos? Secção A
Parte 20 – Os Relatos de Milagres Denigrem a Confiabilidade dos Evangelhos? Secção B
Parte 21 – As Fontes Históricas do Período dos Evangelhos dão Suporte à sua Confiabilidade? Secção A
Parte 22 – As Fontes Históricas do Período dos Evangelhos dão Suporte à sua Confiabilidade? Secção B
Parte 23 – A Arqueologia dá Suporte à Confiabilidade dos Evangelhos? Secção A
Parte 24 – A Arqueologia dá Suporte à Confiabilidade dos Evangelhos? Secção B
Parte 25 – A Arqueologia dá Suporte à Confiabilidade dos Evangelhos? Secção C
Parte 26 – A Arqueologia dá Suporte à Confiabilidade dos Evangelhos? Secção D
Parte 27 – Os Evangelhos Refletem a Agenda Política da Igreja Primitiva? Secção A
Parte 28 – Os Evangelhos Refletem a Agenda Política da Igreja Primitiva? Secção B
Parte 29 – Os Evangelhos Refletem a Agenda Política da Igreja Primitiva? Secção C
Parte 30 – Pensamentos Finais: Sobre os Evangelhos e a Fé

Copyright © 2005 by Mark D. Roberts

Posted on Sunday, January 01, 2012 by Maurilo e Vivian

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Wednesday, June 08, 2011

Evidência dos Manuscritos Pela Confiabilidade do Novo Testamento

Posted on Wednesday, June 08, 2011 by Maurilo e Vivian

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Sunday, February 06, 2011



Uma acusação comuns que os ateus gostam de fazer aqui no blog é que nós confundimos o Jesus histórico do Jesus da fé, como se tivessem evidências que são duas pessoas totalmente diferentes. Ou melhor colocado, que uma é real (o histórico) e o outro é fictício (o da fé). Seria como se um fosse Jesus e o outro o Cristo.
Essa visão é muito difundida nos meios mais populares e muita gente, por ignorência ou má fé, acabam comprando essa visão e a divulgam por aí. Mas quando os fatos são analisados com mais precisão, vemos que o verdade é bem longe disso.
Eu acabei de traduzir um bom texto em resposta a isso e estou publicando abaixo via Scribd. Assim, se você quiser imprimir, baixar PDF, ou postar em seu blog ou site será mais fácil de divulgá-lo.
Leia esse texto e esteja preparado para responder quando alguém diz que o Jesus histórico é diferente do Cristo da fé.

O Cristo Histórico

Posted on Sunday, February 06, 2011 by Maurilo e Vivian

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Sunday, October 17, 2010


O cristianismo é objetivamente verdadeiro por Marcus McElhaney

(Áudio em MP3 aqui em breve)

Creio que o cristianismo é objetivamente verdadeiro. O que quero dizer é que o cristianismo bíblico é verdade não importa se você ou eu acreditemos ou não. Três motivos principais levaram-me a esta conclusão:

1. O argumento teleológico diz que o design observável no mundo sugere que deve haver um projetista inteligente – Deus.
2. A Bíblia tem resistido ao teste do tempo - histórico, científico e arqueológico.
3. Jesus realmente viveu, foi verdadeiramente crucificado, e só a sua ressurreição corporal é a melhor explicação para os dados históricos.

Esses argumentos não são novos - nem são os únicos argumentos que confirmam a minha tese – mas eu os acho atraentes. Começando com o argumento teleológico: ele vai muito além do aparente design observado em todos os seres vivos no ambiente em que vivemos. Ele vai além do puro espanto de como funciona o mundo físico. Não é apenas o argumento da complexidade irredutível. O ponto que eu quero fazer é que vivemos em um planeta que está perfeitamente situado na nossa galáxia, então podemos ver, medir e estudar o universo. Nós desenvolvemos tecnologia para que pudéssemos aprender muito, e nós descobrimos que vivemos em um momento único na história do universo. Se tivéssemos chegado aqui alguns milhões de anos no futuro, grande parte das evidências para a estrutura do universo teria ido embora, assim como as evidências para o Big Bang.

Mas o mais atraente para mim é que as constantes físicas foram ajustadas precisamente para que existíssemos – e que estamos na melhor localização possível para observá-las! É como um artista / músico nos tivesse colocado nas cadeiras com a melhor acústica e visão do palco. Isso se encaixa com o Deus descrito na Bíblia, colocando-nos a todos no melhor lugar possível para ter um relacionamento com Ele (Atos 17). (Lawrence Krauss não concorda com a conclusão de que Deus estabeleceu um universo, mas ele admite /em inglês/ que estas são as condições em que vivemos.)

Quanto à Bíblia, muitas pessoas tentaram provar que estava errada através da ciência, história e arqueologia. Mas acho que tem resistido ao teste do tempo. Em vez de ser provada como errada, tenho visto que foi confirmada através das descobertas na história, ciência e arqueologia. Por exemplo, a Bíblia descreve uma nação chamada de filisteus. Se os filisteus nunca existissem e nenhuma evidência jamais fosse encontrada então isso colocaria as escrituras em questão. Entretanto, a evidência arqueológica confirma isso e inúmeros outros fatos históricos. A Bíblia passa o teste do tempo uma e outra vez. Você pode encontrar mais evidências em muitos lugares, mas você pode começar com este link (em inglês).

Temos mais de 200 citações extra-bíblicas de Jesus Cristo – sabemos que havia um homem chamado Jesus de Nazaré, que pregou em toda a Palestina durante o início do primeiro século d.C. Ele foi crucificado sob Pôncio Pilatos, e três dias depois de sua morte seu túmulo estava vazio. Seus seguidores proclamaram que Jesus estava vivo e ressuscitado dentre os mortos. Isso mudou todo o mundo para sempre. Mesmo os estudiosos mais liberais concordarão com estas verdades fundamentais. As reais objeções de estudiosos para a ressurreição nunca se centraram sobre a existência de Jesus, mas se ele realizou ou não milagres e se ele realmente ressuscitou dos mortos.

Ao estudar as teorias alternativas para a ressurreição, nenhuma delas parece se encaixar ou responder a todos as informações. Os discípulos estavam dispostos a ir para a morte ao invés de negar que viram e interagiram com o Cristo ressuscitado – um fato que eles estavam em posição de saber em primeira mão. Alguns eruditos como Bart Ehrman favorecem a idéia de que Pedro e os outros 10 discípulos que estavam com Jesus por todo o seu ministério tiveram uma alucinação coletiva ou realmente acreditavam que viram Jesus, porque queriam vê-lo e não queriam deixar morrer o movimento que Jesus que havia começado. O problema é que duas ou mais pessoas não podem compartilhar a mesma alucinação! Elas podem ter alucinações simultaneamente, mas elas não podem experimentar a mesma alucinação. Também isso não explica o irmão de Jesus, Tiago, nem Saulo – que se tornou o apóstolo Paulo. Nenhum deles acreditava em Jesus ou tinham um motivo para se tornar seu seguidores. Eles foram hostis até que algo aconteceu com eles.

Além disso, se o túmulo de Jesus não estava vazio, porque os líderes judeus não calaram Pedro e os demais, apresentando o corpo? Se os apóstolos tinham roubado o corpo, como conseguiram passar pelo túmulo selado e pelo guardas? Acho que a resposta é simples. Deus ressuscitou Jesus exatamente como Ele disse. Por que isso é o argumento mais decisivo para mim? Os Apóstolos reconheceram isso dois mil anos atrás. Cristianismo se levanta ou cai por uma coisa – A Ressurreição de Cristo. É o pivô. Sem ele, o cristianismo é inútil. Essa era a sua crença central e o centro do Evangelho. Olhe para 2 Pedro 1: 3-11 e 1 Coríntios 15: 1-11. Use este link (em inglês) para conhecer mais sobre a ressurreição de Jesus.

Posted on Sunday, October 17, 2010 by Maurilo e Vivian

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